terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O combustível da “Transmachine”


Letras protestadoras e ritmos de música pop mostram as duas vertentes do disco “Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa”, o pop intelectual, ou “Trasmachine” como se autodenominaram. Recheado de provocações o disco é um grito maduro de Fred 04.  O nome do disco expressa tudo o que esta por vir, os novos contos de uma tribo consumidora.

Abrindo a mente dos antenados Fred 04 critíca o mal uso da água e o descaso do meio ambiente (C.A.R.I.N.H.O.CA. com B Negao), ao existencialismo e a fraqueza humana com a fé (Se eu tivesse Fé fuching shit). O grupo evoluiu musicalmente notando progressões complexas sempre no contexto de música eletronica, regional e entre outros estilos que são revistados no disco. A música é pop, mas o pop mudou, Mundo Livre S/A conseguiu fazer do clichê uma roupagem original.

Claramente percebe-se a influência do grupo em Jorge Ben, não só pela intonação de voz, o que manifestadamente Fred 04 se inspira, mas pelas “pitadas” de violao setentista. Solos psicodélicos sem limitações de efeitos mostram a qualidade criativa dos músicos da banda.

Uma das alfinetadas presente no disco é com relacao a crítica trazida a internet e a redes socias evidentes na música “O velho James Browze Já Dizia”,  assumindo musicalmente sua posição anti gravadoras, através da brincadeira com o nome do gênio do funk, com ironia cantamos juntos em favor do download:

Segure-se na rede que lá vai meu cabo à net
Na sua estreita banda vai esborrar conexão
Meu conteúdo quente vai queimar seu disco virgem
Gravando lindo arquivo no seu coração
Interatividade é assim mesmo
A vida é pra compartilhar e gozar
O Velho James Browse já dizia à net
Não leve a mau sinal



"Diga espelho meu, se há alguem na avenida mais feliz que eu!"... Seguindo a linha quase que direta das críticas estilo “Cohenianas”, Fred 04 traz a tona outra pontada, comparando fantasias de carnaval com amores de novela da globo , “O Varão e a Fadinha” concorre ao proximo hit do carnaval. Duas vozes intercalam frases ironicas e instigam as nossas percepções cotidianas.

Não há nada... (sonhei que ela era)
Que faça... (uma fadinha)
Meu tormento... (e acordei)
Estancar... (meio enfadada)
Vendo a chuva... (pois quem na vida)
Sem pena... (já foi safada)
Enxarcando... (não pode ver)
As asas (uma varinha)
 

Essa fada...
Mas que chuvinha abusada
Veja se erra essa fada
Anete, não vá embora
Não vê que o meu peito implora?
Não há nada... (mas se fadinha)
Que faça... (houvesse mesmo)
A enxurrada... (ela seria)
Parar (a mais danada)
Só teu samba... (com a minha vara)
Matreiro... (quente e vibrante)
Teu encanto... (bem protegida)
Pra secar... (ela estaria)
Essa fada
Mas que chuvinha abusada
 

Veja se erra essa fada
Anete, não vá embora
Não vê que o meu peito implora?
 

Quero um varão que me seque (você está linda encharcada)
Pois eu já estou de pileque (anete, não vá embora)
 

Frevo me traz alegria
Carnaval é fantasia
Eu já estou de pileque


Vale a indicação aos melhores albuns de 2011. Mundo Livre S/A agora maduro transparece a necessidade do posicionamento do artista independente. Será que o mangueboy conseguirá provocar os ouvidos brasileiros? A mensagem foi passada, agora basta saber se conseguimos entender.  (VH)

Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa
01. Constelação Carinhoca
02. Eduarda Fissura do Átomo
03. Se eu tivesse Fé - Fucking Shit
04. O Velho James Browse já dizia
05. O Varão e a Fadinha
06. Cabôcocopyleft
07. Soneto do Envelhecido sem Pretexto
08. A Fumaça do Pajé Miti Subitxxiii
09. Ela é Indie
10. Nenhum Cristão na via Láctea
11. Tua Carne Black Label

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Fela Kuti... Fela Quem???


Fela Kuti



Acredito, sinceramente, que pouquíssimos já ouviram falar de Fela Kuti. Mas o que temos para falar? Começaremos então pelos pontos principais do Fela. Fela Kuti, nascido em Abeokuta, Nigéria no ano de 1938. Um ativista dos Direitos Humanos, multi-instrumentista do estilo musical Afrobeat (logo entrarei em mais detalhes) que com sua música conseguiu irritar militares Nigerianos a ponto deles matarem a sua mãe jogando-a da janela, durante um motim na comuna Kalakuta Republic.


Não haveria razão postar algum Album do Fela Kuti sem antes contar a sua história. Por isso, já imagino que este post será um daqueles bem recheados. Peguem seus mapas de Geografia e vamos a uma pequena viagem rumo a Africa.


Geralmente, nós, buscamos achar a genialidade de grandes líderes e nomes da história através do passado deles. Com Fela Kuti não seria diferente. Primeiramente, sua mãe era uma ativista feminista contra o colonialismo na Nigéria, e seu pai o primeiro Presidente da União Nigeriana dos Professores.

Em 1958 Fela Kuti, nessa época chamado de Olufela Olusegun Oludotun Ransome-Kuti, foi mandado à Londres para estudar medicina, porém suas raízes musicais falaram mais alto e ele foi estudar música clássica na faculdade “Trinity College of Music”. Com a sua banda “Koola Lobitos”, Fela mostrou ao mundo Europeu o estilo musical que em 1968 ele nominaria de “Afrobeat”.

O Afrobeat trata-se de uma fusão entre o Jazz, Jazz Africano, Funk Americano e o “Highlife”. Quanto ao “highlife”, é a música vinda, por volta dos anos 20, do Ghana e Serra Leoa e tem sido até então a maior influência da música Africana. Ocorre uma fusão entre os ritmos de danças indígenas, com melodias tradicionais das cidades costeiras do Ghana, com o Foxtrots europeu, com o Kaiso caribenho, com ritmos da musica Dagomba da Libéria, Ashiko e Goombe da Serra Leoa. Normalmente as bandas de Highlife consitem nos instrumentos bateria, gaita, violão e acordeão.

Para os mais interessados, há uma banda chamada “West African Highlife Band” (http://www.westafricanhighlifeband.com/) que até hoje toca esse estilo musical. Para ilustrar minha explicação assistam ao vídeo http://www.youtube.com/watch?v=wESjy-P25xs&feature=related .

Voltando à história de Fela Kuti. Ao voltar da Inglaterra em 1963, Fela re-forma a banda “Koola Lobitos” e já sai em turnê pelos Estados Unidos. Na terra do tio Sam, como todos já devem saber, durante a década de 70 o Partido dos Panteras Negras estavam em seu auge. Sendo seu passado político expressivo, Fela começa a estudar os ideais dos negros americanos, e sob a influência dos Panteras Negras muda o nome de sua banda para “Nigeria ‘70”. A turnê tem seu fim com a expulsão de Fela Kuti e a banda Nigeria ’70 dos Estados Unidos por eles não terem um visto de trabalho e estarem ganhando dinheiro ilegalmente. Mas, a agilidade e a esperteza de Fela fez com que ele colocasse sua banda em estúdio e gravasse o CD “The ’69 Los Angeles Sessions”, que apesar da sua beleza não é o CD que colocarei em pauta.

De volta à África, Fela resolve renomear novamente a sua banda para “Afrika ‘70”. Contudo,
seus ideais contra o governo nigeriano cresceram e surgiu a idéia de montar uma comuna onde seria seu refúgio, seu estúdio musical e futuramente a casa daqueles que declarariam a independência da Nigéria. Estava formada a “Kalakuta Republic”.

Próximo do auge de sua fama, sua música ficou mais politicamente motivada e Fela com sua cabeça no ideal do “Pan-Africanismo” começa a cantar suas músicas em Inglês Pidgin, assim mais pessoas teriam acesso às suas palavras. O primeiro álbum de Fela em sua nova língua é o “Live! With Ginger Baker” de 1972. Se estão pensando se é o mesmo Ginger Baker baterista do Cream, sim é ele. Porém, esse ainda não é o álbum que falaremos.

Em 1977, Fela Kuti lançou seu álbum genial, o “Zombie”. O album Zombie é uma patada na cara do governo nigeriano usando o monstro de filmes zombie comparando-o como uma metáfora aos ataques do exército nigeriano. Um trecho da faixa-título diz: “Zombie no go stop unless you tell him to stop/ Zombie no go think unless you tell him to think” (“o zumbi não para enquanto não o mandam parar/ o zumbi nao pensa enquanto não mandem pensar”).

O sucesso do álbum e do hit que ridicularizava o regime militar fez com que governo movesse um ataque de cerca de 1000 soldados sobre Kalakuta, com conseqüências devastadoras: a propriedade foi incendiada, Fela ficou seriamente ferido, e a sua mãe foi assassinada, tendo sido atirada na sua cadeira de rodas do primeiro andar do edifício central de Kalakuta. A posição de Fela não saiu de forma alguma enfraquecida. Ainda na ressaca desta tragédia, Fela organizou uma marcha pelas ruas de Lagos com o objetivo de entregar o caixão com o corpo da sua mãe ao chefe de estado que ordenou o ataque.

Os conflitos continuaram e durante a década de ’80 o governo acabaria por encontrar matéria legal suficiente para condenar Fela Kuti a 10 anos de prisão. O apoio do povo nigeriano e a ação diplomática da Anistia Internacional acabariam por dar frutos, encurtando a reclusão de Fela.
Fela voltou ao mundo com vontade redobrada de reafirmar a revolução Afrobeat, e foi assim que foi continuando o seu trabalho, refletindo cada vez mais o seu desagrado face às políticas internas e às políticas dos países ocidentais e ex-colonialistas na África. Fela acabaria morrendo em 1997, vítima de AIDS e de ferimentos contraídos num ataque militar.



Fim da aula de história. Vamos ao o que interessa...






Título: Zombie
Artista: Fela Kuti and Afrika '70
Gravado nos: Kalakuta Republic Studios
Gravadora: Celulloid
Ano de Lançamento: 1976
Cotação: * * * * ½



Zombie é o mais popular e mais impactante album de "Fela Kuti and Afrika '70" - simplesmente com esse LP Fela Kuti fez com que uma nação enxergasse militares nigerianos como Zumbis, a ponto de quando ocorria marchas militares pelas cidades pessoas gritariam "Zombie" para os milicos.
O jeito humorado de Fela Kuti ao mencionar diretamente frases do exército na faixa título como "Attention! Double up! Fall In! Fall out! Fall down! Get ready!" imortaliza a sua luta e deixa de herança um album maravilhoso de Funk, Jazz e música Africana.
Além de sua capacidade política, o album revela um músico excepcional, e tambem mostra ao mundo, com clareza,o Afro-Beat. O Album possui três faixas, todas elas possuem peculiaridades especiais, porém a faixa título já encabeça nota máxima em critérios musicais.

Está aqui um album entre os top 15 da minha lista.
Apresento a vocês, "Zombie" de Fela Kuti and Afrika '70.



Track List:
- Zombie (Kuti) - 12:26
- Mister Follow Follow (Kuti) - 12:57
- Observation is no Crime (Kuti) - 13:25


Mais informações:
Download Album: http://rapidshare.de/files/47237279/1976_Zombie.zip.html
Site oficial: http://www.felaproject.net/
Documentário: http://www.youtube.com/watch?v=DxxTYHQveyE (Parte I)
Ao vivo: Fela Kuti - Teacher Don't teach Me No Nonsense (http://www.youtube.com/watch?v=h4AA6EuZe-k)








Salve ao Che Guevara Africano,
Salve ao Bob Marley Nigeriano,
Eterno Fela Kuti.


Até a próxima...



Victor

terça-feira, 19 de maio de 2009

Eles - ou melhor,ele - voltaram...


Wolfmother...

Isso sim é que é banda. O disco de estreia deles não saiu do meu discman(eu não tinha Ipod nos idos de 2005 hahahah) por umas 3 semanas. E agora, quando parecia que eles tinham encerrado as atividades depois das famosas "divergências musicais", eles retornam. Ou melhor, ELE retorna : Andrew Stockdale, o único membro da formação original, na guitarra solo e vocal nos traz o novo Wolfmother, um quarteto agora, mas com a mesma pegada de sempre.

E tem música nova!!!


O single "Back Round" foi lançado dia 30 de Março de 2009 e dá um aperitivo do que será o novo álbum, "Cosmic Egg"(típico nome que eu NÃO daria para um disco da minha banda), a ser lançado em setembro.

A música é o Wolfmother de sempre : cria perfeita dos anos entre Black Sabbath Vol.4 e Sabbath Bloody Sabbath, e vale notar que o Stockdale está cada vez mais parecido com o Ozzy no estilo de cantar. Reparem.

Enfim, fiquem com os riffs,solos e bateria pegada dessa nova música dos australianos

http://rs783.rapidshare.com/files/216188819/WBR.rar

Pintura de Guerra

Olá, sejam bem-vindos ao Garagem. Sou Marcelo, colaborador do Victor nessa empreitada de resenhar e apresentar o melhor (e avisá-los sobre o pior) do que rola na cena musical contemporânea. Pretendo apresentar também aqui outros ingredientes da cultura pop, como livros e filmes que estejam relacionados com música.

Sou guitarrista da escola do rock clássico, apaixonado por blues e transitando de Led Zeppelin à Hellacopters, sempre buscando um novo riff, lick ou solo interessante.


Mas vamos ao que interessa...


Seguindo o mesmo critério estabelecido pelo Victor, irei discorrer aqui sobre o "novo" álbum dos Black Crowes.



Título: Warpaint
Artista: The Black Crowes
Produzido por: Paul Stacey & Chris Robinson
Gravado por: Paul Stacey, no Allaire Studios de NY
Gravadora: Silver Arrow
Ano de Lançamento:
2008
Cotação: ****



The Black Crowes é uma banda de blues-rock americana formada 1984 e capitaneada pelos irmãos Chris(vocais) e Rich(guitarra) Robinson,que alcançou considerável sucesso nos anos 90 com os ótimos singles "Jealous Again" e "Twice as Hard". Seu estilo mesclando rock classico com swing stoneano atraiu as atenções de Jimmy Page, que tocou com os Crowes em 2000 no álbum "Live At the Greek".

Depois de um hiato de quase 7 anos desde o lançamento de Lions(2001), os irmãos de Atlanta retornam com um novo disco recheado de riffs e slide guitars vindos diretamente dos 70's. E que disco...
O álbum abre com "Goodbye Daughters of the Revolution", com a guitarra de Luther Dickinson criando a cama perfeita para o slide de Rich e a voz "Mick-Jagger-no-auge" de Chris. Típica música dos Crowes, com refrão empolgante e ótimas guitarras, parece saída diretamente das sessões de "Exile on Main St.", dos próprios Stones. E o que se segue não é muito diferente.

Temos o rock swingado reaparecendo nas faixas Movin' on Down the Line (a semelhança com All Down the Line não é concidência) e Wounded Bird, sempre com Rich destilando riffs precisos e preenchendo muito bem os espaços com fraseados. O blues ataca de vez na matadora Walk, Believer Walk com seu solo simples, mas de feeling impressionante e a boa God's Got It,com direito a backing vocals da banda no refrão. Como é bom ver que ainda existem blues de verdade sendo produzidos por aí.

A banda mostra todas suas armas na já clássica Evergreen, a melhor música do álbum. Uma introdução pesada e cadenciada,dando espaço para uma slide guitar estilosa e uma progressão simples e ao mesmo tempo linda de guitarras. E Chris Robinson entrega uma das melhores interpretações da sua carreira, numa música dedicada à Kate Hudson, sua ex-esposa. A banda inteira aparece muito bem nesse grande rock.

No âmbito das baladas, destaque para "Oh Josephine" e seu forte refrão e a Zeppeliana "Locus Street", sempre com as guitarras aparecendo muito bem e belissímas bases de violão e teclado.

No fim, temos um ótimo disco de boogie/blues/swing/classic rock. Seria como se Jagger e cia. se reunissem com a turma de Robert Plant e decidissem lançar um disco, assim, sem muito compromisso mas botando tudo abaixo.

Grande Álbum. Sugiro download imediato.


Track List - Todas as músicas de Chris e Rich Robinson, exceto faixa 9.

  1. "Goodbye Daughters of the Revolution" – 5:03
  2. "Walk Believer Walk" – 4:39
  3. "Oh Josephine" – 6:38
  4. "Evergreen" – 4:20
  5. "Wee Who See the Deep" – 4:50
  6. "Locust Street" – 4:14
  7. "Movin' On Down the Line" – 5:42
  8. "Wounded Bird" – 4:23
  9. "God's Got It" (Rev. Charlie Jackson) – 3:22
  10. "There's Gold in Them Hills" – 4:47
  11. "Whoa Mule" – 5:45








Download :

http://rapidshare.com/files/101132522/blackcrowes-warpaint_rocktowndownloads_.zip



Até a próxima...


domingo, 17 de maio de 2009

O Início

Hola a todos que estão lendo,


Gostaria antes de qualquer palavra apresentar-me. Meu nome é Victor Hime e hoje estou cursando a faculdade de Direito, porem minha situação acadêmica não não será nem um pouco útil no Blog.

Desde meus tempos de pivete a música era presentena minha vida, sempre fui vocalista de diversas bandas de Rock, trabalhei por um tempo em organização de shows (que estou querendo voltar) e trabalhei em uma "mini"-produtora, gravando uma série e artistas. Hoje, canto na banda Hindu Kush, uma banda sem estilos definidos, a mistura do Funk, do Rock, do Reggae e da música brasileira. Até o momento não temos nada gravado, mas acho que para o final do ano estarei com mais notícias por aqui à respeito disso.

Mas vamos ao que interessa...

Como já se percebe tenho uma paixão incomum pela música, e, através desse site quero colocar a minha palavra ao mundo. Vou palpitar sobre diferentes assuntos na música, desde shows até lançamentos de albuns, presença de palco à capacidade de solo da banda... Na verdade, o que me vier a cabeça.

Quanto ao critério das notas, eu vou justificar cada nota dada. Dividirei a minha nota para o determinado assunto em cinco estrelas ("*****"):

- Zero estrelas: Não vale apena nem o Download
- Uma estrela: Muito abaixo das espectativas, longe do propósito e pouca musicalidade
- Duas estrelas: Quase ruim e Quase bom. Faltou muito, porém o espaço no HD está valendo.
- Três estrelas: Na média, O Album tem altos e baixos, vale a pena ouvir para desencargo
- Quatro estrelas: Ótimo Album, o artista demonstrou ótimo conhecimento musical.
- Cinco estrelas: Excelente, todos deveríam ouvir ou assistir quantas vezes puder.





Gostaria de expressar minha primeira opinião musical. O download. Todos já perceberam que a internet é o novo meio fundamental de comunicação, hoje em dia são mais de um bilhão de pessoas conectadas à uma só rede de informação. E para sustentar tal posição temos que entender o conceito de "Rede" como um local de troca de informação infinita, e qualquer maneira de tentar bloquear tal troca é como cortar um pedaço de uma corda esticada e amarrada, ela se rompe no meio.

Por isso, sou a favor do download, pois é o meio de pesquisa mais rápido que temos e o com mais interrelação de pessoas no mundo. Claro que tal argumento entra em contradição se colocarmos as idiotices infinitas da internet aqui, porém para os que entendem a minha linha de raciocíonio não foi o que eu quis dizer.

E além, é com o uso do download que hoje posso filtrar muitas bandas e comprar apenas aqueles albuns que realmente valem a pena (no meu critério: quatrou ou cinco estrelas). Então, por favor utilizem a filosofia "Try before you buy"....

Ao inicio...






















Título: Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha
Artista: Pata de Elefante
Produzido por: Vicente Guedes e Pata de Elefante
Gravado por: Vicente Guedes no Estúdio IAPI
Gravadora: Monstros Discos
Ano da Lançamento: 2008
Cotação: * * * *


Pouco tempo atrás um amigo veio em casa e me mostrou um som instrumental muito diferente. O nome da banda se chamava "Pata de Elefante", no início achei que era mais uma banda comum do sul do Brasil. Engano meu.
Ao ouvir o album "Um Olho no Fósforo, Outro na Fagulha", senti a psicodelia dos anos 70, uma guitarra que conversa e canta como se fosse o vocalista. Gabriel Guedes e Daniel Mossman se revezam no baixo e guitarra desse super power trio mostrando que ainda se faz o "rock das antiga". O grupo do Rio Grande do Sul mostra uma clara dupla personalidade ao comprar as músicas "Da sua irmã eu tambem gosto" com a próxima música do album "Bolero das arábias".
A banda demonstra uma capacidade incrível de composição, amigos meus já foram no show e colocaram que as Jam Sessions da banda ao vivo são insanas. O Pata de Elefante elevou o rock instrumental Brasileiro à um nível superior.


Track List (disponível para ouvir em streaming):
- Grifei as melhores músicas...

1) Carpeto Volatore (G. Guedes)
2) Solitário (G. Telles)
3) Hey! (G. Guedes)
4) Um olho no fósforo, outro na fagulha (G. Telles)
5) Pesadelo Hippie 3 (G. Guedes)
6) Estranha (D. Mossmann)
7) Marta (D. Mossmann)
8) Presente para Mary O (G. Guedes)
9) Dorothy (G. Telles)
10) Gigante (G. Guedes)
11) Pesadelo Hippie 4 (G. Guedes)
12) Da tua irmã, eu também gosto (G. Telles)
13) Bolero das Arábias (D. Mossmann)
14) Breve visita de Wilson a Nova Orleães (D. Mossmann)
15) Bang Bang (G. Telles)
16) Satuanograso (G. Guedes)
17) Don Genaro (G. Telles)
18) Até mais ver! (G. Telles)


Para provar que não estou mentindo...

http://www.youtube.com/watch?v=Dir9sFEPxAA

Site Oficial:

www.patadeelefante.com/



Download:

http://rapidshare.com/files/181158902/Pata.de.Elefante-2008_FTRY-Rique.zip


Até mais...